Uma escola em que só se aprende a consumir drogas
O dia era de eleição e posse na Sociedade Amigos do Lessa, após quase dois anos de absoluto silêncio na Entidade. Mas a denúncia de que, poucos metros acima do local do encontro dos moradores, havia uma escola onde só se pode aprender a consumir variados tipos de drogas, ecoou como uma bomba. 
A nova Diretoria, acompanhada do Vereador Abdala Salomão (PSDB) foi conferir. Encontrou o pior: a Escola Estadual Francisco Lessa estava inativa e invadida por traficantes e consumidores de drogas. A Escola já foi padrão de ensino. Suas vagas eram disputadas pelas famílias mais tradicionais, no tempo do ensino público de qualidade.
Hoje, retrato do abandono, teve as carteiras escolares substituídas por restos de fogueiras para queimar crack, ao passo que o giz, por petilos e bitucas do chamado “cigarrinho do diabo”. As lousas ainda estão no lugar. Mas os poucos ventiladores de teto, que ainda não foram arrancados, tiveram as pás danificadas. Várias janelas com moldura de metal foram arrancadas, provavelmente para serem vendidas aos ferros velhos.
As paredes estão arrombadas. A quadra de esportes está tomada pelo mato. O novo Presidente e o Vice da Sociedade Amigos do Lessa, José Carlos Cataldi e Carlos Alberto Durand, respectivamente, ficaram perplexos com o que encontraram na Escola, e, mais ainda com o que apurou o Vereador Abdala Salomão, indicando que o grupo escolar foi do município, cedido ao Estado até para abrigar a Diretoria de Ensino e há dois anos devolvido ao município, que chegou a iniciar a reforma do telhado.
José Carlos Cataldi afirmou que se recusava a acreditar que o Prefeito João Ribeiro tivesse ciência da situação. Mas frisou, que agora ciente, terá de adotar providências imediatas em nome da cidadania e do respeito aos moradores do Lessa, que lhe devotaram votação expressiva. Na sessão desta segunda-feira, na Câmara, o Vereador Abdala Salomão formalizou denúncia, pediu providências e indicou que o prédio público poderia, no mínimo, estar sendo usado como centro esportivo modelo, em lugar de servir para reunião de desocupados e malfeitores, que ameaçam a segurança dos moradores na vizinhança.
Na pauta da reunião do Lessa os moradores aproveitaram a presença do Secretário de Integração e Desenvolvimento Arthur Ferreira dos Santos, também residente no bairro, para questionar a modificação feita no trânsito direcionado a Taubaté, inclusive por ônibus e caminhões pesados pela Rua Professora Myriam Penteado Rodrigues Alckmin, dobrando para a Rua Antonio Cozzi e passando em frente à porta principal do Colégio Objetivo. A população do Lessa tem receio de que o fluxo, um busca do caminho mais curto, acabe seguindo em frente pela Myriam Alckmin até a descida do bairro para a Rua Dr. Francisco Lessa.
O Secretário manifestou interesse em marcar uma audiência pública com os moradores, e, possivelmente uma visita do próprio Prefeito João Ribeiro a SAL.
A eleição na Sociedade Amigos do Lessa ocorreu em clima de serenidade.
A chapa eleita por unanimidade de votos é a seguinte: José Carlos Cataldi (Presidente), Carlos Alberto Durand (Vice-Presidente); Vicente Lourenço Lagioto Junior (1º Secretário), Antonio José Sourath Hinz (2º Secretário); Tereza Vânia G. Tavares (1ª Tesoureira) e Luiz Sérgio de Carvalho (2º Tesoureiro). O Conselho Fiscal será composto por José Maurício Toledo, Elizabeth D. Marazia e Pedro Bettoni Moreira. Suplentes: José Danilo Gomes, Sérgio Garcia e José Martins A. Abreu
SAL - SOCIEDADE AMIGOS DO LESSA
Fiquei chocada ao ver as imagens do que se tornou a escola Dr. Francisco Lessa.
ResponderExcluirLecionei nesta escola que era uma escola modelo, na minha época. O Diretor era o Sr. João, que tinha pulso firme e não admitia nada errado, tanto por parte dos alunos quanto do corpo docente.
Lembro-me que uma vez, fui chamada à atenção, porque meu vestido era de alcinha.E as alças eram largas!!!
Tive que voltar para casa e trocá-lo
Bons tempos!