Prezado Senhor Alberto,
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Sei que existe uma boa parte de moradores do Lessa, pessoas abnegadas, trabalhando neste sentido. Mas sendo bem realista, creio que será muito difícil o fechamento total do Residencial, por "n" razões.
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Então, sugiro que todos se empenhem em buscar outras alternativas e rapidamente. Não podemos deixar o bairro vulnerável à ação de bandidos.
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A minha, é que se coloquem câmeras monitoradas por uma empresa, em todas as ruas e que se aumente o efetivo de segurança, cobrando uma taxa, cujo valor, todos os moradores possam pagar. Se houver mais de 80% de adesão, não ficará caro para ninguem e teremos uma segurança mais confiável.
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Com as câmeras, poderemos ter um mapa do serviço prestado por cada segurança, além, é claro, de "acompanhar" a ação de pessoas estranhas ao bairro. Hoje dispõe-se de apenas uma moto e assim mesmo, segundo ouvi dizer (não estou dizendo que é verdade), o segurança fica a maior parte do tempo "namorando" uma serviçal que trabalha no bairro.
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Em outros tempos, fui batalhadora incansável pelo bairro. E gostava disso. Logo no início, quando constriuímos nossa casa, nem luz havia nas ruas. Pagamos (Sérgio, Bechara, Yone e Carlinhos, Mário do Banco do Brasil e nós ...) por cada poste de iluminação. Mesmo pagando, não foi fácil conseguir, com a então Light, a iluminação.
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Demorou muito. Eu ia quase que diariamente à Prefeitura, cobrar do então prefeito,"Geraldinho", o serviço.
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Até que um dia ele me disse: "Shirley, está com o pessoal da Light. Não dá para fazer mais nada por aqui".
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Então, eu respondi, ah é? E lá fui eu falar com o gerente da Light, que nem me lembro quem era. Ele para "justificar" a demora, disse que não havia carro para levar o pessoal para fazer a medição entre os postes.
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E, eu mais que depressa: é esse o problema? Então não há mais. Meu carro está estacionado à porta. Rs.. e assim conseguimos a iluminação, com direito à festa, fogos e um bolo duro (ai que mico), comprado pelo meu marido Flávio, juntamente com o Bechara e o Ségio Garcia, em uma das poucas padarias de Pinda, da época.
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Recebemos o Geraldinho, Dr. Lessa, muitos amigos da Villares e amigos que tinham construções ou terrenos, com champanhe e bolo velho na minha casa. Mas, tudo bem. Foi muito bom. Valeu a vergonha pela que passei.
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Depois disso, mais tarde, um grupo de moradores, trabalhou muito pela segurança do bairro. Alguns, desisitiram ao verem que seus esforços não eram compartilhados por todos. Ficaram decepcionados com o descaso e até ingratidão de alguns. Eu, ainda insisti algum tempo, até que fui obrigada a interromper o trabalho, por motivos de saúde.
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Logo em seguida, mudamos do bairro e de cidade, por força de trabalho. E, retornamos mais tarde, aposentados. Já não conhecíamos quase mais ninguém. Muitos amigos foram embora e não retornaram. Encontramos um bairro totalmente mudado, mais ao estilo de S.Paulo, onde quase não conhecemos os vizinhos.
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Espero que retomemos a vida gostosa de outrora, em que as crianças podiam jogar bola em campinhos improvisados, andar de bicicletas, andar a pé desacompanhadas, sem o fantasma da falta de segurança.
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Decepções sempre teremos. Não podemos exigir unanimidade de esforços e de adesões..
Sempre haverá aquele que ficará à margem, somente usufruindo do trabalho dos outros e o que é pior, só criticando. Mas, devemos prosseguir. Muitos serão beneficiados, inclusive nós e nossa família.
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Então, para 2011, desejo mais união, mais trabalho em conjunto, mais cabeças pensantes para encontrar soluções. Que tenhamos de fato, um novo olhar no ano que se inicia. Que possamos nos reconhecer, cumprmentar e sorrir, quando nos cruzarmos pelo bairro ou pela cidade.
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Contem comigo. Dentro das minhas limitações, farei o possível para ser e estar presente.
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Shirley de Carvalho Pitta Rodrigues
COMO ERA O LESSA NESSA ÉPOCA
Fonte: www.ecoeantigos.blogspot.com