O Inverno, como outras estações, tem suas próprias peculiaridades, também. E, de uma forma ou outra, sempre nos conduz a particulares reflexões, já que suas influências tratam das forças constritivas e de interiorização, aquelas que, a exemplo da Natureza, despertam no interior da terra a capacidade germinativa das sementes que nela repousam.
Quando intenso e sombrio, obviamente no cair das tardes, nos leva à interiorização, forçando-nos ao contato com o que há de mais profundo em nosso ser, já que torna nossos movimentos mais lentos e nos impõe tendências à permanência de pensamentos recheados de recordações. São, por assim dizer, momentos que podem nos levar a mudanças de direção ou, então, permitir brotar, despertar, em nossas almas, outros estados de consciência que trazem maturidade, equilíbrio e solidez.
Quando suave e brilhante, com a luz e o calor do sol do amanhecer radiante, geralmente, nos conduz a estados repousantes e de expectativas, já que pode nos induzir a refletir sobre as coisas que ainda estão no porvir e, assim, nos permitir elaborar planos, traçar projetos, que em outras estações podem, naturalmente, vir a se concretizar.
Aproveitemos, pois, com sabedoria e determinação, as forças naturais que emergem nesta peculiar e fria estação que nos induz, também, à arte de saber sobreviver, já que pode, lentamente, promover mudanças significativas em nosso ser e, também, acabar por transformar nossa própria maneira de sentir, de olhar e ver, com os nossos próprios corações!
Quem sabe, ao final da peculiar Estação, encontremos, também, formas, estratégias de melhor contribuir para o florescer de uma nova estação, um novo ciclo de esperanças, de paz e possibilidades do germinar de muitas sementes pois, onde quer que possamos ir ou estar, carregaremos sempre conosco o que realmente somos!
SJC, 21 de junho de 2012, chegada do Inverno.
José Paulo
137.610
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