TELEFONE CELULAR X CÂNCER

Celulares e Câncer O uso de telefone celular está associado à um maior risco de câncer cerebral?

Esta é uma pergunta que vem intrigando cientistas ao redor do mundo. As pesquisas são inconclusivas, ou melhor, aparentam ser inconclusivas. Os interesses econômicos são imensos e isso com certeza é um fator de viés em qualquer notícia veiculada pela mídia.

Em agosto aconteceu um encontro do Grupo Colaborativo Internacional do Campo Eletromagnético, que contou com mais de quarenta cientistas, de vários países. O Brasil foi representado pelo Prof. Dr. Alvaro Augusto A. de Salles, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Além do Reino Unido e Estados Unidos, promotores do encontro, estavam presentes cientistas da Áustria, Austrália, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Irlanda, Rússia, Espanha e Suécia.

O tom do encontro foi de preocupação, e culminou inclusive com o documento: “Telefones celulares e Tumores Cerebrais: 15 razões para preocupação. Ciência, Protelação e a Verdade atrás de Interphone”

O Interphone é um estudo multimilionário realizado em 13 países para determinar se existe risco no uso de telefones celulares e a presença de três tipos de tumores cerebrais: Glioma (tumor de células da glia – tecido de sustentação cerebral), Neurinoma acústico (tumor do nervo auditivo) e o Meningioma (tumor das meninges).

Embora o estudo esteja pronto desde 2004, tem tido a sua publicação postergada a tal ponto de ser declarado deplorável pelo Parlamento Europeu.

Os mais de quarenta cientistas reunidos concluíram que:

1. Os estudos que são independentes da indústria de telecomunicação mostram consistentemente que existe um risco significante para tumores cerebrais pelo uso de telefones celulares

2. Os limites de exposição a Campos Magnéticos advogados pela indústria e usados por governos são baseados na premissa falsa que a radiação eletromagnética dos telefones celulares não tem efeito biológico à exceção do calor.

3. O perigo de tumores cerebrais pelo uso dos telefones celulares são mais altos em crianças, e quanto mais cedo elas o usam, maior o risco.

As quinze razões para preocupação estão aqui:

1. As próprias pesquisas da indústria mostram que telefones celulares causam câncer.

2. Subsequentes pesquisas bancadas pela indústria também mostram que o uso de telefones celulares aumenta o risco de tumores cerebrais (2000-2002).

3. Estudos do Interphone, publicados até agora, consistentemente mostram que o uso de um telefone celular por menos de dez anos protege contra um tumor cerebral.

4. Pesquisas independentes mostram que existe risco para tumores cerebrais pelo uso de telefones celulares.

5. Apesar do sistema de proteção de todos os resultados do Estudo Interphone, foi encontrado um significante risco para tumores cerebrais pelo uso de telefones celulares.

6. Estudos independentes da indústria mostram que seria esperado que fones sem fio provocassem tumores cerebrais.

7. O perigo de tumores cerebrais pelo uso de telefones celulares é mais alto em crianças, e quanto mais cedo elas o usam, maior é o risco.

8. Existem vários alertas governamentais sobre o uso de telefones celulares por crianças.

9. Os limites à exposição de telefones celulares são baseados apenas no perigo de superaquecimento.

10. Uma esmagadora maioria do Parlamento Europeu votou para uma mudança na lei baseada nas “preocupações associadas com os Campos Eletromagnéticos”.

11. Os telefones celulares danificam o DNA, uma causa notória de câncer.

12. A radiação dos telefones celulares aumenta a permeabilidade da barreira hemato-encefálica.

13. Os manuais dos telefones celulares alertam os usuários a mantê-lo afastado do corpo, mesmo desligado.

14. A Comissão Federal de Comunicações (EUA) alerta sobre os telefones sem fio.

15. A fertilidade masculina é prejudicada pela radiação dos telefones celulares.

Além de listar onze falhas importantes no Estudo Interphone, e proclamar várias ações governamentais, os autores sugerem oito passos para reduzir substancialmente a exposição à radiação dos telefones celulares, para você e principalmente para as suas crianças.

1. Ao falar, use o fone de ouvido (não um do tipo Bluetooth), ou use o viva-voz, ou mande mensagens de texto.

2. Mantenha o telefone celular distante do seu corpo (particularmente bolsos de calças e camisas) ou use um cinto com um protetor para radiação, quando não em uso.

3. Evite usá-lo em carros, trens ou ônibus em movimento, ou em uma área rural, distante de uma torre, pois isso aumenta o poder da radiação do celular.

4. Use o telefone como um rádio amador. Mantenha-o desligado até ver que está chamando. Então retorne a chamada, se necessário, usando os passos 5 e 1.

5. Use um telefone comum, sempre que possível, ao invés de um sem fio.

6. Evite o uso dentro de edifícios, particularmente os com estruturas de aço.

7. Não permita que suas crianças durmam com o telefone celular embaixo de seus travesseiros ou ao lado da cama.

8. Não permita que suas crianças abaixo de 18 anos usem um celular exceto em emergências.

É pouco, ou querem mais. Será que a indústria vai deixar.